terça-feira, 29 de setembro de 2009

ferias suinas: perguntas e respostas

Por quê então estamos de férias? resposta:Não são apenas os alunos da rede pública de ensino que terão as férias de julho prolongadas por causa da apreensão em torno da possibilidade de propagação do vírus da gripe suína. Não seria melhor fazer uma grande campanha para a vacinação? resposta: Por não existir tal vacina no periodo de ferias

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A homosexualidade na grecia antiga

Na Grécia antiga, as mulheres só serviam para reprodução... Prazer era exclusividade do macho... e só valia homem com homem mesmo...Era perfeitamente normal e aceitável a homossexualidade. Muitas sociedades consideravam a homossexualidade como algo "normal". O exemplo mais conhecido é a Grécia antiga. O amor entre os homens era idealizado na arte e na poesia grega. A mitologia grega está cheia de histórias de amor de gays e lésbicas. Na sociedade grega um homem que se apaixonasse e tivesse relações sexuais com outro homem era visto como sendo perfeitamente normal. A história de Adonis e Narciso, por exemplo, fala de um deus caindo na luxúria e perseguindo belos jovens. O culto a Adonis tinha templos e festivais dedicados a celebrar e promover relações homosexuais. Isso não deve levar-nos a crer que a sociedade grega era um paraíso sem opressão. Era uma sociedade baseada na escravidão, na qual a maioria da população era composta de escravos. Escravos não tinham nenhum direito - escravos fortões para trabalhos pesados, escravos passivos (ou efeminados) para trabalhos domésticos, e assim por diante. Além do mais, as mulheres possuíam uma moral tão baixa, que os homens pensavam que era impossível para eles e uma mulher terem uma relação amorosa de igual para igual - as mulheres eram para cuidar da casa e das crianças, o amor era com rapazes. Era uma sociedade altamente opressiva e deprimente. Na cidade de Esparta o amor entre jovens e homens era um aspecto importante em seu exército. Um guerreiro treinava um jovem na arte da guerra, um aprendizado longo e árduo. A relação entre o guerreiro e o seu aprendiz era próxima e vital, tão importante que os planos de batalha do exército espartano eram feitos com base nessa relação. Ainda fazia parte das obrigações do aprendiz "servir de mulher" ao seu mestre, havendo a crença de que, por meio do esperma, se transmitiam heroísmo e nobreza. Também havia a justificativa de treiná-los para as guerras, nas quais inexistia a presença de mulheres. Era um privilégio da nobreza. Nas olimpíadas gregas, os atletas competiam nus, exibindo a beleza física, sendo proibida a presença das mulheres nas arenas pois eles achavam que elas não tinham capacidade para apreciar o belo.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Perguntas e respostas sobre a peste negra

1) Quais eram os sintomas da peste negra ? Resposta: Febre alta com calafrios fortes; sudorese; dores generalizadas; dores nas regiões ganglionares, causada por inflamações dos gânglios linfáticos; paciente começa a ter um leve tremor no corpo; náuseas e vômitos, em casos mas graves pode haver diarréia ou constipação; intolerância à luz; taquicardia; hipotensão arterial; mialgias; cefaléia intensa; anorexia; sinais de desidratação; prostração; sede e se não tratada imediatamente, evolui para a toxemia profunda, colapso cardiocirculatório, insuficiência renal aguda, coma e a morte. 2) De que forma se dava o contagio da doença? Resposta:Ela pode ser tranmitida para o homem através da pulga (Xenopsylla cheopis) desse roedores.O excesso de bactérias pode entupir o tubo digestivo da pulga, o que causa problemas em sua alimentação. Esfomeada, a pulga busca novas fontes de alimento (como cães, gatos e humanos). Após o esforço da picada, ela relaxa seu tubo digestivo e libera as bactérias na corrente sangüínea de seus hospedeiros. 3) Se fosse hoje, como se chamaria esta doença? Resposta: Ela se chamaria Peste Bubônica

A peste negra

Sabemos hoje que a peste foi quase certamente disseminada pelos mongóis, que criaram um grande império no final do século XIII. Avançando por imensos territórios, levaram consigo também os vetores da doença. Teriam sido eles que, após a sua conquista do território chinês, foram infectados ao sul das montanhas Himalaias, já que essa região alberga até os dias atuais um dos mais antigos reservatórios de roedores infectados endemicamente. Na Ásia, os animais de transporte e as roupas, muitas vezes feitas com couro de animais felpudos dos comerciantes serviam de abrigo para as pulgas infectadas. Nos veículos marítimos, os ratos eram os principais disseminadores. O intercâmbio comercial entre o Ocidente e o Oriente, reavivado a partir do século XII, explica a chegada da doença na Europa. Em 1334 a peste causou 5.000.000 de mortes na Mongólia e no norte da China. A mortandade avançou para Mesopotâmia e Síria, cujas estradas ficaram juncadas de cadáveres dos que fugiam das cidades. No Cairo os mortos eram atirados em valas comuns e em Alexandria os cadáveres eram tantos que ficaram insepultos. Calcula-se em 24 milhões o número de mortos nos países do Oriente. BIOLOGIA DA MORTE: Descoberta em 1894, o bacilo Pasturella pestis se manifesta de três formas: a pneumônica, que ataca os pulmões; a septicêmica, que infecta a corrente sangüínea; e a bubônica, a mais comum. Em sua variação bubônica, a bactéria cai na corrente sangüínea, ataca o sistema linfático provoca a morte de diversas células e cria dolorosos inchaços nas axilas e virilha. Com o passar do tempo, esses inchaços, conhecidos como bubões, se espalham por todo corpo. Quando ataca o sistema circulatório, em sua variação septicêmica, o infectado tinha uma expectativa de vida de aproximadamente uma semana. A doença também podia atingir o homem pelas vias aéreas atacando diretamente o sistema respiratório. Essa terceira versão, conhecida como peste pneumônica, tem um efeito ainda mais devastador e encurtava a vida do doente em um ou dois dias. Os vetores do bacilo podem ser vários tipos de insetos hematófagos. O mais comum é a pulga Xenopsylla cheopis, que na época parasitava tanto o pequeno rato preto que vinha com os navios, Rattus rattus, como o rato marrom, dos esgotos. O bacilo vive alternadamente no estômago da pulga e no sangue do rato. O excesso de bactérias pode entupir o tubo digestivo da pulga, o que causa problemas em sua alimentação. Esfomeada, ela busca novas fontes de alimento (como cães, gatos e humanos). Após o esforço da picada, ela relaxa seu tubo digestivo e libera as bactérias na corrente sangüínea de seus hospedeiros. COTIDIANO MEDIEVAL: Durante a Baixa Idade Média (séculos XI a XIV) as condições de vida dos homens, fossem eles camponeses ou nobres, permaneceram basicamente as mesmas em todo o continente. Geralmente a configuração das casas obedecia a um mesmo padrão, que consistia num grande recinto sem muitas subdivisões. O piso era de terra batida, às vezes forrado com palha ou junco. O aquecimento vinha de uma fogueira, quase sempre acesa no meio da habitação. A fumaça saía por um buraco no teto, por onde entrava também a água da chuva, o que apodrecia a palha no chão. Muitas vezes havia uma única cama, onde dormiam a família toda. Os pais, no momento íntimo, preservavam sua intimidade com uma cortina de pano. Num mesmo cômodo podiam morar de 8 a 12 pessoas. Os ambientes úmidos e enfumaçados, a falta de privacidade e a promiscuidade facilitavam sobremaneira a transmissão de inúmeras doenças. Quando um membro do grupo adoecia, era praticamente impossível evitar o contágio. A arquitetura urbana seguia basicamente os mesmos padrões, com a diferença de que as residências de dois andares eram mais comuns. Às vezes havia um segundo piso na casa do artesão, que usava o térreo como oficina e loja. Isso implicava necessariamente em melhorias nos padrões da casa, como diminuição da umidade, separação física dos animais, lareiras e saídas laterais para a fumaça. Entretanto, as cidades medievais eram apinhadas de gente, com esgotos a céu aberto, o que as tornava muito mais insalubres que as casas camponesas. Conseguir água limpa para beber ou cozinhar era praticamente impossível, pois o conteúdo das fossas se infiltrava no solo e contaminava os poços e lençóis. Os rios eram poluídos com todo tipo de resíduos indesejados, principalmente os oriundos de curtumes e matadouros. Apesar da opulência, os nobres não viviam em condições melhores. Os castelos eram úmidos e infestados de ratos e baratas, mesmo reis e príncipes não possuíam educação nem costumes higiênicos, raramente tomando banho ou comendo com talheres. Essa displicência com as casas se deve ao fato de que o homem medieval passava pouco tempo dentro delas. Os camponeses trabalhavam o dia todo no campo e os nobres viajavam a maior parte do tempo. A casa era usava para dormir e se proteger da chuva ou frio. Na Abadia de Cluny, a mais opulenta da Europa, os monges se banhavam antes da Páscoa e no Natal. A igreja principalmente não o recomendava, pois a visão de um corpo nu, mesmo que fosse o seu próprio, levava invariavelmente a pensamentos pecaminosos. Havia ainda a incrível crença de que um corpo limpo seria mais vulnerável a doenças. Nas áreas urbanas, o esgoto e a água usadas eram simplesmente atiradas pela janela, muitas vezes na cabeça do transeunte que tivesse a infelicidade de estar no lugar e na hora errados. Devido ao custo do sabão, as roupas eram lavadas duas ou três vezes por ano, por isso viviam infestadas de pulgas, percevejos, piolhos e traças. O costume hoje de usarmos casacos de pele vem dessa época, em que os pêlos do lado de fora das vestimentas serviam para atrair as pulgas e piolhos e tornar sua presença pelo corpo menos incômoda. Catar piolhos era uma forma de lazer. Os recém-nascidos levavam grande desvantagem, já que as mulheres forravam a cama com lençóis sujos e velhos para dar a luz, pois assim não estragavam os bons. Entre 1/4 e 1/3 das crianças morriam antes de 1 ano de idade, cerca de 50% alcançavam a idade adulta. A dieta era imprópria e mal balanceada, composta principalmente de pão. Vinhos, carnes, leite, legumes eram acompanhamentos. TRATAMENTOS: As causas das doenças eram totalmente ignoradas. O tratamento se limitava, na melhor das hipóteses, ao isolamento e quarentena. Atribuía-se quase tudo a influência dos astros, os médicos em geral eram também astrólogos. Para os pobres a resposta era simples: todos os males eram castigos de Deus. Para quase tudo receitava-se sangria, além de infusões herbais e misturas estranhas. A ignorância sobre as causas da doença tornavam a prevenção e o tratamento impossíveis. Falou-se em terremotos, enchentes, tempestades e “pés-de-vento-malignos”, mas as teorias mais aceitáveis eram a conjunção planetária e castigo divino. O historiador Robert Muchembled nos informa que “era o ar envenenado, as miasmas e as névoas, provocadas por todo o tipo de agentes, desde um lago estagnado até a conjunção dos astros, que espalhavam a doença e a morte entre os homens”. Fogueiras imensas foram queimadas em toda a Europa, na esperança de deixar o ar mais limpo. Como proteção, os médicos iniciaram seu célebre costume de usar uma máscara de bico longo cheia de aromas protetores. Os aromas agradáveis, vindos de ervas e plantas medicinais criados pela glória de Deus impediriam o contágio com os odores pestilentos trazido ao mundo das profundezas do inferno. Assim, eles vestiam-se com trajes totalmente fechados, protegidos pelo aroma das substâncias. Alguns chegavam a obstruir todas as aberturas corporais, colocando um dente de alho na boca, incenso nas orelhas, arruda no nariz… Alguns pensavam diferente e aconselhavam expulsar o mal com o mal, queimando chifres para curar um doente ou mantendo um bode na habitação, pois o “vapor” deste animal fedorento “impede que o ar pestífero aí encontre lugar”. Viver na época medieval não era nada fácil, e além das dificuldades cotidianas, havia ainda temores crescentes de ordem religiosa. PROGRESSÃO DA PRAGA: As seguintes palavras foram extraídas de um livro, Decamerão, escritas pelo italiano Giovanni Boccaccio, contemporâneo da pandemia: “Afirmo, portanto, que tínhamos atingido já o ano bem farto da Encarnação do Filho de Deus, de 1348, quando, na mui excelsa cidade de Florença, cuja beleza supera a de qualquer outra da Itália, sobreveio a mortífera pestilência. Por iniciativa dos corpos superiores, ou em razão de nossas iniqüidades, a peste, atirada sobre os homens por justa cólera divina e para nossa exemplificação, tivera início nas regiões orientais, há alguns anos. Tal praga ceifara, naquelas plagas, uma enorme quantidade de pessoas vivas. Incansável, fôra de um lugar para outro; e estendera-se, de forma miserável, para o Ocidente.” Terremotos, secas, boatos de inundações na Ásia, a grande onda de calor do século XIII, mudanças no clima, fome por toda a parte. As pessoas daquela época sentiam que Deus as havia abandonados. Em 1348 a peste chegou ao centro e ao norte da Itália e dali se irradiou como um câncer por toda a Europa. Em sua caminhada devastadora, semeou a desolação e a morte nos campos e nas cidades. A doença provocava mortandade durante quatro a seis meses, depois decrescia. Após de ceifar diversas vidas, os centros urbanos ficavam praticamente abandonados. Os que por sorte sobreviviam à doença tinham que enfrentar a falta de alimentos e a crise sócio-econômica instalada no local. Boccaccio nos deixou um relato de tanta desordem social: “Entre tanta aflição e tanta miséria de nossa cidade, a autoridade das leis, quer divinas quer humanas desmoronara e dissolvera-se. Ministros e executores das leis, tanto quanto outros homens, todos estavam mortos, ou doentes, ou haviam perdido os seus familiares e assim não podiam exercer nenhuma função. Em conseqüência de tal situação permitia-se a todos fazer aquilo que melhor lhes aprouvesse“. Por isso, muitas cidades tentavam se precaver da epidemia criando locais de quarentena para os infectados, impedindo a chegada de transeuntes e dificultando o acesso aos perímetros urbanos. Sem muitas opções de tratamento, os doentes se apegavam às orações e rituais que os salvassem da peste negra. Em Siena mais da metade da população morreu. Outras regiões, como Bearn, na França ou o noroeste da Europa escaparam incólumes, num fenômeno que é de difícil explicação até hoje. A doença era absolutamente aterrorizante. Os bubões purgavam pus e sangue, e eram acompanhados por manchas escuras, resultantes de hemorragias internas. As dores eram fortes e os doentes em geral morriam cinco dias após os primeiros sintomas. Na forma pneumônica, o doente tinha febre alta e constante, tosse forte, suores abundantes e escarro sangrento, e morriam em três dias ou menos. Mas em qualquer das variações, tudo o que saía do corpo – hálito, suor, sangue dos bubões e pulmões, urina sanguinolenta e excrementos enegrecidos pelo sangue – cheirava extremamente mal. A depressão e o desespero acompanhavam os sintomas físicos, um cronista disse que “a morte se estampava no rosto dos condenados”. E a presença simultânea das três formas tornava o contágio extremamente rápido. Contavam-se casos de pessoas que dormiam com saúde e morriam antes de acordar. Séculos antes de Hitler, judeus foram perseguidos e massacrados na Alemanha, acusados de disseminar a doença. Guy de Chauliac, médico do papa e que sobreviveu à doença, nos informa que “a grande mortandade teve início em Avignon em janeiro de 1348. (…) Era tão contagiosa que se propagava rapidamente de uma pessoa a outra; o pai não ia ver seu filho nem o filho a seu pai; a caridade desaparecera por completo“. E continua: “Não se sabia qual a causa desta grande mortandade. Em alguns lugares pensava-se que os judeus haviam envenenado o mundo e por isso os mataram“. De modo geral, as perseguições às minorias aumentaram drasticamente. O fato de a maioria dos médicos judeus pouco poder fazer, e do fanatismo religioso que se apossou das populações aterrorizadas, contribuiu para a acusação e perseguição a essa minoria. Além disso, os judeus tornaram-se suspeitos quando, devido às suas leis de higiene (cumpridas rigorosamente), as suas vítimas foram em menor número que as de comunidades cristãs. Houve mais de 150 massacres e dezenas de comunidades judaicas menores foram exterminadas pelos motins dos cristãos, facilmente incitados pelos priores locais, apesar das condenações pelos altos clérigos. Calcula-se que em Borgonha, na França, 50.000 judeus foram assassinados. Em 1348, Filipe VI pediu a faculdade de medicina da Universidade de Paris um relatório. Os doutores se reuniram e chegaram à conclusão de que a doença se devia a uma tríplice conjunção de Saturno, Júpiter e Marte no 40° de Aquário, ocorrida em 20 de março de 1345. Finalizaram dizendo que deveria haver algum outro motivo, que “estavam ocultos até mesmo dos intelectos mais altamente formados.” Diante do avanço inexorável da praga, muitos fugiram para os campos. O fato de ser mortal não incitava solidariedade, apenas um desejo de escapar ao mesmo destino. Os corpos se avolumavam nas casas abandonadas e não lhes era dada nem mesmo a possibilidade de um enterro cristão. O resultado da epidemia era tão devastador que Boccaccio chegou a dizer que as vítimas freqüentemente “almoçavam com os amigos e jantavam com seus ancestrais, no paraíso”. A situação ficou tão desesperadora que muitos pais estavam deixando para trás seus filhos. Religiosos que ficavam encarregados de cuidar dos enfermos também abandonavam seus postos largando os moribundos a sua própria sorte. Outros, invocando a proteção de santos, desafiavam a doença e permaneciam junto aos moribundos. Frades capuchinhos e jesuítas cuidaram dos pestosos em Marselha, correndo todos os riscos. Dessa época surge a corajosa Confraria dos Loucos que, sob o apadrinhamento de São Sebastião Mosteiros, pedia alívio diante do terror da morte. Abadias e conventos eram abandonados depois do surgimento dos primeiros sinais de que também eles, representantes de Deus na Terra estavam com a peste. Nem mesmo advogados, responsáveis pela criação de testamentos dos doentes se atreviam a permanecer por perto para realizar o trabalho que deles era esperado. Magistrados e notários se recusavam a fazerem testamentos, padres fugiam da extrema unção e até os médicos recusavam-se a atender seus pacientes. Os que ficavam receitavam poções exóticas: picadinho de serpente, pílulas de galhos de gamo triturados, mirra, açafrão e até pó de ouro. Os tratamentos variavam entre a sangria, a cauterização dos bulbões, laxantes ou a aplicação de emplastros quentes. Até mesmo pérolas e esmeraldas moídas deram esperanças aos mais ricos, que se agarravam à crença de que a qualidade do tratamento era proporcional ao seu custo. O chão devia ser varrido freqüentemente e salpicado com água. Mãos, boca e narinas lavadas com vinagre e água de rosas. Recomendava-se dietas leves, abstinência de excitação e irritação, exercícios moderados e distância de pântanos e outras fontes de ar viciado. Havia também a curiosa crença de que os zeladores dos banheiros públicos estavam imunizados, e muitas pessoas iam até lá, supondo eficazes seus maus odores. Depois de apenas 5 anos, calcula-se que aproximadamente 25 milhões de pessoas haviam perecido. Isso equivalia, à época, a um terço da população européia. A morte de contingente tão grandioso de pessoas na Europa provocou conseqüências sérias que afetaram a vida local por alguns séculos. Por exemplo, faltavam trabalhadores para a realização da labuta no campo. Isso motivou os camponeses a exigir de seus senhores a diminuição dos encargos feudais e um aumento de seus ganhos. A recusa dos proprietários das terras em aceitar essas exigências levou os servos a violentas revoltas que aconteceram em vários países, como a Itália, a França, a Inglaterra e os Países Baixos. Em alguns lugares, enquanto o mal persistia, medidas preventivas foram tomadas pelos governantes. Em Milão, os representantes do poder público lacraram residências de pessoas que estavam contaminadas para evitar o contato das mesmas com pessoas saudáveis. Dessa forma pretendiam que o contágio da enfermidade não acontecesse. Em Veneza foram adotadas medidas como a quarentena e o isolamento das embarcações que chegavam à cidade em uma ilha para evitar que novos focos da peste bubônica pudessem surgir. Em Nuremberg, instituiu-se um programa de limpeza das ruas. A higiene pessoal foi estimulada, alguns trabalhadores receberam um bônus no salário destinado ao banho. Apesar de não conseguirem evitar as mortes em seus municípios, tais medidas tornaram a quantidade de vítimas inferior ao de outras cidades da Europa que não haviam tomado qualquer providência para combater a doença. A devastação da peste diminuiu após 1350. Sua marcha mortal pela Europa deixou seqüelas permanentes, transformou as relações entre as pessoas, abalou a imagem do clero, reforçou a fé pessoal e aumentou os cultos místicos. Na arte, mudou a forma da morte, doravante como um monstro horrível que levava nas costas os cadáveres mutilados.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A origem da democracia e a democracia atual Denomina-se democracia (do grego demos, "povo", e kratos, "autoridade") uma forma de organização política que reconhece a cada um dos membros da comunidade o direito de participar da direção e gestão dos assuntos públicos e sociais. Nas sociedades modernas, são bastante reduzidas as possibilidades de participação direta, de todos os cidadãos, dado o número e a complexidade das diversas instituições e dos assuntos públicos em geral. Na verdade, só é possível o exercício direto da democracia em algumas poucas instituições tradicionais - administração municipal ou assembléias populares, por exemplo. Assim, na maioria dos países democráticos, é comum o exercício da democracia por meio de um sistema indireto ou sistema representativo.Normalmente, esse sistema é regulado por uma lei fundamental ou constituição.Os cidadãos elegem representantes, cuja participação nas diversas instituições governamentais garante a defesa de seus interesses. De maneira geral, esses representantes fazem parte de vários partidos políticos, que se identificam com os interesses de uma classe ou grupo social e sustentam diferentes opiniões a respeito de como se deve solucionar os problemas da comunidade. Os candidatos que recebem mais votos nas eleições passam então à categoria de membros dos organismos parlamentares - congresso, senado, câmara de deputados, parlamento, cortes, assembléia nacional etc. - nos quais, por um determinado período (mandato), devem defender as opiniões do partido pelo qual se elegeram, apoiando, criticando, reelaborando e votando os projetos de lei que forem submetidos à discussão. No sistema parlamentarista, o governo da nação é exercido pelo partido ou coligação de partidos detentores da maioria parlamentar, e normalmente o chefe de governo é o líder do partido majoritário. O sistema presidencialista distingue-se do parlamentarista pelo fato de os cidadãos elegerem tanto um presidente da república, que exerce o poder executivo com apoio de um ministério por ele nomeado, quanto os membros do congresso, cujos poderes normalmente se limitam à legislação e à aprovação dos orçamentos gerais da administração pública. A democracia teve origem na Grécia clássica. Atenas e outras cidades-estados implantaram um sistema de governo por meio do qual todos os cidadãos livres podiam eleger seus governantes e serem eleitos para tal função. Esse exercício democrático - do qual estavam excluídos os escravos, as mulheres e os estrangeiros - foi possível porque os cidadãos formavam um grupo numericamente reduzido e privilegiado. Embora o sistema tenha recebido o apoio teórico e doutrinário de pensadores da envergadura de Aristóteles, com freqüência ocorriam situações em que a normalidade democrática era interrompida por meio de mecanismos que também se repetiram freqüentemente ao longo da história. Quando havia algum conflito com uma região ou cidade vizinha, eram atribuídos a alguns generais poderes absolutos enquanto durasse a guerra. Às vezes, ao encerrar-se esta, aproveitando o prestígio popular conquistado, os generais apossavam-se do poder como ditadores. Uma situação desse tipo acabou com a "democracia de notáveis" dos primeiros tempos de Roma. O sistema democrático vigorou muito menos tempo em Roma do que na Grécia e, mesmo durante o período republicano, o poder permaneceu habitualmente nas mãos da classe aristocrática. Só no século XVII começaram a ser elaboradas as primeiras formulações teóricas sobre a democracia moderna. O filósofo britânico John Locke foi o primeiro a afirmar que o poder dos governos nasce de um acordo livre e recíproco e a preconizar a separação entre os poderes legislativo e judiciário. Em meados do século XVIII foi publicada uma obra capital para a teoria política moderna: De l'esprit des lois (1748; Do espírito das leis), de Montesquieu. O filósofo e moralista francês distinguia nesse livro três tipos diferentes de governo: despotismo, república e monarquia - fundamentadas no temor, na virtude e na honra, respectivamente - e propunha a monarquia constitucional como opção mais prudente e sábia. A liberdade política seria garantida pela separação e independência dos três poderes fundamentais do estado: legislativo, executivo e judiciário. Assim, Montesquieu formulou os princípios que viriam a ser o fundamento da democracia moderna. Os Estados Unidos da América foram a primeira nação a criar um sistema democrático moderno, definitivamente consolidado em decorrência de sua vitória na guerra de independência contra a monarquia britânica. No caso dos novos países da América, em geral caminharam juntas as idéias de democracia e independência. Os "libertadores" buscaram pôr fim não só ao domínio exercido pelas potências colonizadoras, como também aos poderes absolutos que os soberanos dessas potências personificavam. Democracia na atualidade: Embora estejam notavelmente disseminadas no mundo de hoje e seja difícil encontrar argumentos doutrinários contrários a elas que mereçam consenso, em muitas áreas do mundo as idéias democráticas não são postas em prática pelos sistemas políticos. Nos países em que houve tomada do poder por organizações de esquerda, sobretudo de caráter comunista, implantaram-se sistemas de dominação política e militar que, embora se proclamassem democráticas, impediam o livre exercício dos direitos e das liberdades fundamentais. Nesses sistemas políticos, afirmava-se que a organização democrática parlamentar não constituía uma tradução adequada das idéias democráticas, já que só serviriam para legitimar o exercício do poder por influentes grupos de pressão, sobretudo de tipo econômico. Para os sistemas que foram dominantes nesses países, a organização democrática parlamentar seria uma democracia formal, sem conteúdo, oposta à democracia real, que eles representariam. Organização jurídica da democracia: A essência da democracia como sistema político reside na separação e independência dos poderes fundamentais do estado - legislativo, executivo e judiciário - bem como em seu exercício, em nome do povo, por meio das instituições que dele emanam
O dia do meio ambiente A criação da data foi em 1972, em virtude de um encontro promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas), a fim de tratar assuntos ambientais, que englobam o planeta, mais conhecido como conferência das Nações Unidas.A conferência reuniu 113 países, além de 250 organizações não governamentais, onde a pauta principal abordava a degradação que o homem tem causado ao meio ambiente e os riscos para sua sobrevivência, onde a diversidade biológica deveria ser preservada acima de qualquer possibilidade.Nessa reunião, criaram-se vários documentos relacionados às questões ambientais, bem como um plano para traçar as ações da humanidade e dos governantes diante do problema.A importância da data é devido às discussões que se abrem sobre a poluição do ar, do solo e da água; desmatamento; diminuição da biodiversidade e da água potável ao consumo humano, destruição da camada de ozônio, destruição das espécies vegetais e das florestas, extinção de animais, dentre outros.A partir de 1974, o Brasil iniciou um trabalho de preservação ambiental, através da secretaria especial do meio ambiente, para levar à população informações acerca das responsabilidades de cada um diante da natureza.Mas em face da vida moderna, os prejuízos ainda estão maiores. Uma enorme quantidade de lixos é descartada todos os dias, como sacos, copos e garrafas de plástico, latas de alumínio, vidros em geral, papéis e papelões, causando a destruição da natureza e a morte de várias espécies animais.A política de reaproveitamento do lixo ainda é muito fraca, em várias localidades ainda não há coleta seletiva; o que aumenta a poluição, pois vários tipos de lixos tóxicos, como pilhas e baterias são descartados de qualquer forma, levando a absorção dos mesmos pelo solo e a contaminação dos lençóis subterrâneos de água.É importante que a população seja conscientizada dos males causados pela poluição do meio ambiente, assim como de políticas que revertam tal situação.E cada um pode cumprir com o seu papel de cidadão, não jogando lixo nas ruas, usando menos produtos descartáveis e evitando sair de carro todos os dias. Se cada um fizer a sua parte o mundo será transformado e as gerações futuras viverão sem riscos.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

13 de maio

o dia 13 de maio de 1888 marcou oficialmente o fim da escravidão no Brasil através de uma lei assinada pela Princesa Isabel, durante uma viagem de Dom Pedro II ao exterior. Naquela oportunidade houve uma série de comemorações, principalmente no Rio de Janeiro, capital do Império. Vários ex-escravos saíram às ruas comemorando o feito. É verdade que em várias regiões do país o trabalho escravo persistiu e só foi abolido no início do século XX. No entanto, volta e meia vem à tona informações sobre a existência de trabalho escravo ainda nos dias de hoje. Resolveu abolir essa data e comemorar no dia 20 de novembro, denominado Dia da Consciência Negra. “Razão mais que justa, pois, de fato, o 13 de maio foi uma data que ocorreu de “cima para baixo”, sem a participação dos principais interessados no tema, apesar de haver no Brasil um movimento abolicionista bem forte naquele período, principalmente nas cidades importantes do sudeste do país”, analisa. Mesmo com a mudança da comemoração, o dia 13 de maio tem um importante significado histórico. “É bem verdade que a Abolição da escravidão representou também a queda do Império no Brasil. Em 15 de novembro de 1889, o Império sucumbia, principalmente pela falta de apoio político daqueles que até então eram os únicos a sustentarem politicamente o Império: os grandes produtores rurais donos de escravos. O 13 de maio, entretanto, não deve ser esquecido. Ele tem um lugar de enorme importância na história desse país e do povo brasileiro, afirma.

quarta-feira, 4 de março de 2009

(a direita a foto de uma cena do filme "2001 uma odisseia no espaco) O filme e o surgimento da humanidade têm em comum, uma coisa que não tem como deixar de falar... OS macacos eram sozinhos não pensavam até que certo dia eles param pra pensar e viram q podia progredir fazer armas para se protegerem, que não iriam se devorarem sucessivamente para serem banquetes... Ai entra o surgimento da humanidade tem uma teoria que diz que nós fomos zumbis, e os zumbis se devoravam para serem banquetes iguais no filme, porém eles começam que raciocinar que não precisava ser assimeles mesmos iria caçar qualquer outra coisa menos um deles...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

(quadro do Rembrandt,a esquerda e o quadro de anatomia a direita) Esse quadro de anatomia foi pintado por Rembrandt em 1632.Ela é uma de suas obras mais famosas.Rembrandt Harmenzoon Van Rijn nasceu em 15 de julho de 1606 em Leiden,e morreu em 4 de outubro de 1669.Seu pai era moleiro,e sua mãe era filha de padeiro. A obra relata uma aula de anatomia do Dr. Nicolas Tulp. A obra se trata de um homem "marginal" que havia sido condenado à morte por assalto a mão armada

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

historia do carnaval

Conceito e origem do carnaval O carnaval é um conjunto de festividades populares que ocorrem em diversos países e regiões católicas nos dias que antecedem o início da Quaresma, principalmente do domingo da Qüinquagésima à chamada terça-feira gorda. Embora centrado no disfarce, na música, na dança e em gestos, a folia apresenta características distintas nas cidades em que se popularizou. Os dias exatos do início e fim da estação carnavalesca variam de acordo com as tradições nacionais e locais, e têm-se alterado no tempo. Assim, em Munique e na Baviera (Alemanha), ela começa na festa da Epifania, 6 de janeiro (dia dos Reis Magos), enquanto em Colônia e na Renânia, também na Alemanha, o carnaval começa às 11h11min do dia 11 de novembro (undécimo mês do ano). Na França, a celebração se restringe à terça-feira gorda e à mi-carême, quinta-feira da terceira semana da Quaresma. Nos Estados Unidos, festeja-se o carnaval principalmente de 6 de janeiro à terça-feira gorda (mardi-gras em francês, idioma dos primeiros colonizadores de Nova Orleans, na Louisiana), enquanto na Espanha a quarta-feira de cinzas se inclui no período momesco, como lembrança de uma fase em que esse dia não fazia parte da Quaresma. No Brasil, até a década de 1940, sobretudo no Rio de Janeiro, as festas pré-carnavalescas se iniciavam em outubro, na comemoração de N. Sra. da Penha, crescia durante a passagem de ano e atingia o auge nos quatro dias anteriores às Cinzas — sábado, domingo, segunda e terça-feira gorda. Hoje em dia, tanto em Recife (Pernambuco), quanto em Salvador (Bahia), o carnaval inclui a quarta-feira de cinzas e dias subseqüentes, chegando, por vezes, a incluir o sábado de Aleluia. Escolas de samba As "escolas de samba" nasceram de redutos de diversão das camadas pobres da população do Rio de Janeiro, em sua quase totalidade negros. Reuniam-se para cultivar a música e a dança do samba e outros costumes herdados da cultura africana, e quase sempre enfrentavam ostensiva repressão policial. Para a formação desses redutos contribuiu decisivamente a migração de populações rurais nordestinas, que, atraídas para a capital em fins do século XIX, introduziram um mínimo de organização e de sentido grupal ao carnaval carioca, até então herdeiro do entrudo português.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

trabalho do dia internacional das mulheres

(a direita Lucrécia Mott ,1ª feminista dos EUA)
História do 8 de março (dia internacional da mulher) No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). Objetivo da Data Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história. Conquistas das Mulheres Brasileiras Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo. Marcos das Conquistas das Mulheres na História 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres. 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos. 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres. 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia. 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs. 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina. 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres